Dia Mundial da Prematuridade
Em referência ao Dia Mundial da Prematuridade, data escolhida com o objetivo de alertar e conscientizar sobre os nascimentos prematuros, nós do OOBr analisamos os dados de prematuridade no Brasil a nível estadual ao longo dos anos de 2011 a 2019 (último ano em que os dados correspondentes foram consolidados) [Fonte: SINASC]. Entende-se por “prematuridade” o nascimento que ocorreu antes da 37ª semana de gestação, e a taxa de prematuridade sendo o número de partos prematuros dividido pelo número total de partos (prematuros e não-prematuros). No mapa de calor abaixo tem-se um panorama acerca da taxa de prematuridade por estado e também por ano, assim como é possível compará-las com a taxa de prematuridade brasileira nos anos considerados.
Para acessar esse gráfico de forma interativa clique aqui.
Números de vacinação contra COVID-19
Ao considerar os dados de vacinação da Campanha Nacional de Vacinação contra Covid-19, divulgados em https://opendatasus.saude.gov.br/dataset/covid-19-vacinacao e atualizados em 17/11/2021, são 1.769.720 doses aplicadas em gestantes e puérperas, com 779.177 gestantes e puérperas completamente imunizadas (com segunda dose ou dose única).
Para outras informações sobre a vacinação COVID-19 para a população de gestantes e puérperas, clique no link https://observatorioobstetrico.shinyapps.io/vacinacao-covid19 e acesse os menus "Vacinação COVID-19", para informação das doses aplicadas diariamente e acumuladas, e "Vacinação estado e município", para recortes por estados e municípios brasileiros. Para as análises consideradas nesses dois menus, foram filtrados casos únicos identificados como ‘gestante’ ou ‘puérpera’, ano de vacinação em 2021, do sexo feminino e entre 10 e 55 anos.
Os dados inconsistentes (casos de sexo masculino, com ano de vacinação diferente de 2021 e com idade menor que 10 anos e maior que 55 anos) não foram considerados nos números e análises descritos anteriormente e podem ser vistos no menu “Inconsistências vacinação”.
Números da pandemia
Apresentamos os números atualizados de Síndrome Respiratória Aguda Grave por COVID-19 para a população de gestantes e puérperas (OOBr COVID-19) e para a população infantil até 2 anos (OOBr COVID-19 1000 dias). A última atualização do SIVEP-Gripe disponível pelo Ministério da Saúde no site https://opendatasus.saude.gov.br/dataset é do dia 17/11/2021.
1. OOBr COVID-19
Desde o início da pandemia, são 1.938 gestantes e puérperas mortas pela COVID-19. Contabilizamos 1.477 óbitos maternos em 2021, ou seja, 220% a mais do que 2020.
Um destaque é a letalidade da doença em casos graves (casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave - SRAG): era de 7,3% em 2020 e saltando para 14,2% em 2021. Desde o início da pandemia, uma a cada cinco gestantes e puérperas mortas por COVID-19 não teve acesso a unidades de terapia intensiva (UTI) e 32,3% não foram intubadas.
Assim, entre março de 2020 até a última atualização, são 18.698 casos de SRAG confirmados por Covid-19 e, repetimos, 1.938 óbitos (11,6% dos casos finalizados). Isso sem contar outros 14.114 de registros com 375 mortes entre gestantes e puérperas com SRAG não especificada, que podem ser também episódios de SARS-Covid-19.
O OOBr Covid-19 visa a dar visibilidade aos dados desse público específico e oferecer ferramentas para análise e fundamentação de políticas públicas para atenção à saúde de gestantes e puérperas durante a pandemia atual.
Clique no link observatorioobstetrico.shinyapps.io/covid_gesta_puerp_br para acessar o OOBr COVID-19.
2. OOBr COVID-19 1000 dias
Os primeiros 1000 dias de vida da criança é o período compreendido entre a concepção até os dois primeiros anos de vida (270 dias de gestação e 730 dias de vida da criança). Este é o intervalo de ouro que determina todo o futuro da criança no âmbito biológico (crescimento e desenvolvimento), intelectual e social. Este termo decorre de uma série de estudos publicados na revista de medicina inglesa Lancet, entre 2008 e 2013, que analisou os primeiros mil dias do ciclo de vida, demonstrando que o cuidado se inicia com a mãe durante a gravidez. A falta de políticas públicas de saúde comprometidas com a saúde integral da gestante e da criança desencadeia consequências irreparáveis que impactam diretamente na mortalidade infantil nesta faixa etária.
Desde o início da pandemia, são 12.216 casos de SRAG confirmados por COVID em crianças até dois anos e 987 mortes. Um destaque é a alta concentração de mortes nos primeiros meses de vida do bebê: 56,2% delas está concentrada até no terceiro mês (555 óbitos).
Dos bebês que morreram por Covid nessa faixa etária, 30,7% não foram para UTI e 38,1% não passaram por intubação, recursos importantes nessas situações.
Se considerarmos todos os casos de SRAG nesse público infantil, foram 33.466 registros e 1.728 mortes em 2020. Neste ano, são 58.564 casos e 1.466 óbitos. Em 2019 (ano anterior à pandemia) foram 19.142 casos de SRAG e 576 mortes nessa faixa etária.
Em 2020, a porcentagem de desconhecimento do agente causador da SRAG é de 77,7% e essa porcentagem é de 72,5% em 2021. O problema não é novo mas se agravou na pandemia de Covid-19. Em 2019, por exemplo, 58% tinham agente etiológico desconhecido.
Dentre os casos com agente etiológico conhecido, o coronavírus responde a 73,2% dos registros em 2020 e 42% em 2021. O restante fica por conta dos vírus que tradicionalmente afetam as crianças pequenas, como o adenovírus.
Clique no link observatorioobstetrico.shinyapps.io/criancas_ate2anos para acessar o OOBr COVID-19 1000 dias.
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Nessa semana apresentamos recortes raciais por desfecho de COVID-19 grave e vacinação.
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Sobre o OOBr
O Observatório Obstétrico Brasileiro (OOBr) é uma plataforma interativa de monitoramento, análise de dados públicos (da saúde, socioeconômicos e ambientais) cientificamente embasadas e disseminação de informações relevantes na área da saúde materno-infantil, com recortes estaduais e municipais.
O OOBr visa ser uma referência de informações acessíveis e confiáveis sobre saúde materno-infantil e ser um suporte importante para a tomada de decisões na área.
O OOBr conta com pesquisadores da UFES, USP e FACENS e tem o financiamento da Fundação Bill-Melinda Gates, CNPq, DECIT e FAPES.
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